A prefeita de Eunápolis, Cordelia Torres, do partido União Brasil, foi vaiada durante a inauguração do Mix Mateus Atacarejo que aconteceu nesta sexta-feira (07/06) no Bairro Dinah Borges, em Eunápolis.
Apupos com que o público premiou a Cordélia, cercada de Vida, na inauguração da nova rede de supermercados, não é questão de falta de respeito como o pessoal do “Gabinete das Ruas” tenta vender à opinião pública.
Não é de hoje que políticos são achincalhados em público, até para o público testar se o poder de vaiar continua afiado. Por galhofa, por molecagem, por zoeira. Se ele sente que há motivo, então, não há quem o segure.
As vais que Cordélia ouviu são reflexo do descontentamento com a administração malfada.
O eco foi atordoante.
Como o tema é palpitante, teçamos algumas questões sobre ele. Blogueiros a serviço do governismo levantam argumentos contra a falta de respeito dos manifestantes contra uma mulher, mãe de família, e, por fim, a mandatária da cidade.
Verdade, vaia é no mínimo falta de educação. Mas, desde quando não foi assim na política? Desde quando o eleitor precisa aceitar de bom grado tudo que seus governantes fazem?
Alerto que já foi pior. Na França do Século 18 já se cortou as cabeças de governantes da estirpe da Cordélia.
Pois é. O eleitor é a irreverência em pessoa. E “Vida” sabe que a vaia reflete um momento ruim para a sua candidata à reeleição, que vem despencando nas pesquisas de intenção de voto e de aprovação de governo.
Por isso, tenta dar uma conotação político-eleitoreira às vaias. Conotação política sim, não resta dúvida. O público vaiou a Cordélia porque percebe nela uma má gestora, fraca e titubeante.
Rose Marie Galvão