Peixe, aipim, abóbora, banana maçã, da terra e da prata, limão, batata doce, coco e bolo de aipim são alguns itens da primeira entrega da Aldeia Patiburi, na Terra Indígena (TI) Tupinambá de Belmonte, Território Costa do Descobrimento, para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Indígena.
A primeira pesagem contabilizou em torno de meia tonelada de alimentos, que vai beneficiar a escola da comunidade e as 36 famílias que moram na aldeia.
O programa foi lançado na Bahia no mês de maio pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) e está sendo executado pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades).
A Aldeia Patiburi conta com os serviços de ATER da Superintendência Baiana de Assistência Técnica (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que acompanhou a pesagem.
Segundo a cacica Cátia Tupinambá, é um ótimo início para todos os envolvidos. “Para começar, nossa primeira venda é de meia tonelada, que inclui frutas e verduras, e a comunidade está muito feliz, e eu mais ainda de ver o sorriso no rosto das famílias que puderam entregar os produtos. Tudo aqui da comunidade, nada de outro local. Isso para a gente é importantíssimo, é ver de fato a política pública na Aldeia Indígena Patiburi. São 36 famílias envolvidas, produzindo e que serão beneficiadas”, comemora a líder.
“O PAA Indígena para a gente é maravilhoso, porque nossos alunos e nossa comunidade podem se alimentar daquilo que nós mesmos plantamos, é uma maravilha. Estou muito feliz. Depois de grandes bloqueios que tivemos aqui, a gente produzir e não ter para quem vender, hoje a gente tem a certeza de que vamos produzir para nos alimentar e alimentar nossa comunidade, nossos alunos. Está sendo uma experiência maravilhosa”, reflete a indígena Elania Querino.
Bernardino Rocha, coordenador da Bahiater Litoral Sul, que acompanhou a pesagem, reforça também a importância da ação para a comunidade indígena. “Estamos dando continuidade a essa ação do PAA Indígena na Patiburi e pesamos em torno de meia tonelada de alimentos, dentre eles, banana, aipim e outros produzidos na aldeia, que é de grande importância.”
Na oportunidade, a Bahiater também realizou o levantamento das coordenadas geográficas dos locais onde serão construídas 43 casas pelo Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) Indígena, na aldeia.
Fotos: Mariana Ferreira/Bahiater/SDR/GOVBA