Um relatório divulgado nesta segunda-feira (22 jul 2024) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), sobre “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil”, mostra que dezoito indígenas foram assassinados na Bahia ao longo do ano de 2023.
O estudo mostra que todas as mortes em território baiano foram em cidades do sul e extremo sul do estado, e a motivação seria disputa de terras.
“São comunidades indígenas que reivindicam a demarcação das suas terras e, do outro lado, são aqueles que dizem que são donos ou que querem ser donos e agem com truculência, resultando muitas vezes em mortes violentas”, avalia a assessora do Cimi, Lúcia Helena Rangel.
De modo geral, o relatório contabiliza 411 “violências contra a pessoa” direcionadas aos povos indígenas. Entre as agressões mais frequentes estão assassinatos (208 casos); ameaças (40); racismo e discriminação étnico-cultural (38); tentativa de assassinato (35); violência sexual (23); lesões corporais (18); homicídio culposo (17); ameaça de morte (17); e abuso de poder (15).
O Cimi explica que os dados foram compilados a partir da base do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e de informações obtidas junto à Sesai via Lei de Acesso à Informação (LAI).