A mudança de estação, principalmente no período de transição do Outono para o Inverno, propicia a propagação de vírus devido à mudança de comportamento das pessoas, que ficam mais tempo em ambientes fechados.
De acordo com o otorrinolaringologista André Apenburg, “as constantes inversões climáticas que as pessoas enfrentam nesta época do ano, com temperaturas um pouco mais baixas, maior umidade causada pelas chuvas abundantes e incidência de ventos fortes alternados com períodos de sol e abafamento, podem desencadear também as crises de rinite não alérgica, de origem vasomotora”.
O especialista também faz alguns alertas: “No inverno, nem sempre o fator viral está presente. O clima mais frio também pode favorecer problemas respiratórios, quando, por exemplo, a gente pega uma roupa ou cobertor que não foram bem armazenados e estão cheio de ácaros, que vão deflagrar crises de rinite alérgica”.
De acordo com o médico, os antialérgicos são bastante eficazes no tratamento das rinites, mas como as pessoas alérgicas geralmente apresentam sintomas diários e frequentes, não é recomendado tomar medicação todos os dias. Existem outras estratégias que podem melhorar o controle da doença, como a imunoterapia, conhecida como a vacina da alergia, que consiste em ensinar o corpo a parar de reagir de forma exagerada contra a substância que a provoca, o chamado gatilho. Este tratamento pode ocorrer de forma sublingual ou por via subcutânea injetável.
SÃO JOÃO
E na Bahia, mesmo sem um inverno rigoroso, o período coincide com os festejos de São João, que reúnem multidões e grandes aglomerações e ainda espalham no ambiente muita fumaça, fuligem e produtos químicos com cheiros fortes derivados da queima de bombinhas, rojões e espadas.
As principais recomendações feitas pelo médico para evitar complicações de resfriados e gripes envolvem a ingestão de líquidos, boa alimentação, repouso e tratamento medicamentoso para alívio dos sintomas.
Para as pessoas alérgicas, outros cuidados se fazem necessários, como manter o ambiente limpo e arejado, não usar espanador, passar pano úmido no chão e superfícies de contato, descartar produto de limpeza com cheiro forte, usar capas antialérgicas em colchões e travesseiros e guardar as roupas que não vão ser usadas armazenadas em sacos a vácuos.
Uma alternativa para quem não tem como fazer o fechamento a vácuo é guardar as peças em uma sacola, fechar bem e quando for usar as roupas, lavar na máquina em temperatura acima de 60ºC ou passar a ferro quente.
Em regiões da Bahia onde o clima pode ficar mais seco o uso do umidificador é recomendado, mas é preciso tomar cuidado para não exagerar no uso porque isso pode facilitar a proliferação de ácaros e fungos, de acordo com o especialista.
Com informações da Assessoria de Imprensa