O protesto aconteceu na tarde do último sábado, 15, com aproximadamente 5 mil pessoas. O ato reuniu cerca de 50 grupos da sociedade civil e de entidades que lutam pelos direitos humanos. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), foi o principal alvo da manifestação.
Presidente da Câmara, Arthur Lira, é o maior alvo do ato. Parlamentar aprovou, em votação relâmpago, o regime de urgência do projeto que altera o Código Penal e estabelece a aplicação de pena em casos de aborto em fetos com mais de 22 semanas.
Manifestantes protestam na tarde deste sábado (15) na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, contra o projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gravidez ao crime de homicídio simples.
O texto, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), altera o Código Penal e estabelece a aplicação de pena nas situações em que a gestante:
♦provoque o aborto em si mesma ou consente que outra pessoa lhe provoque; pena passa de prisão de 1 a 3 anos para 6 a 20 anos;
♦tenha o aborto provocado por terceiro com ou sem o seu consentimento; pena para quem realizar o procedimento com o consentimento da gestante passa de 1 a 4 anos para 6 a 20 anos, mesma pena para quem realizar o aborto sem consentimentos, hoje fixada de 3 a 10 anos.
Com início às 15h em frente ao Masp, o protesto conta a participação de mais de 50 grupos da sociedade civil e de entidades que lutam pelos direitos humanos.
A organização do ato estima que aproximadamente 5 mil pessoas, em sua maioria mulheres e jovens, ocupam todas as faixas da Avenida Paulista, no sentido Consolação. A previsão é que os manifestantes desçam a Rua Augusta e caminhem até a Praça Roosevelt.
“Criança não é mãe”, “Abaixo ao PL 1904”, “No estupro a mulher é a vítima” e “Abaixo estupradores” são alguns dos cartazes exibidos pelos manifestantes.
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), é o principal alvo da manifestação. As menções ao parlamentar alagoano são frequentes nos discursos e estão em parte dos cartazes usados na manifestação.
Com informações de GloboNews— São Paulo