De 8 a 11 de julho a cidade de Eunápolis, na Costa do Descobrimento da Bahia, foi sede da 35ª Assembleia da Pastoral dos Nômades do Brasil. O evento foi sendo realizado na Casa de Retiro Sagrado Coração de Jesus e conta com a participação de agentes pastorais de diversos estados do país. A Pastoral dos Nômadesé um serviço da Igreja Católica que se dispõe a atender pastoralmente aos ciganos, circenses e os parquistas.
A assembleia reuniu ciganos, parquistas e membros do clero que acompanham os trabalhos pastorais em todo o Brasil.
Entre os presentes, a coordenadora-geral de Políticas para Ciganos e Quilombolas no Ministério da Igualdade Racial, dra. Edilma do Nascimento. A antropóloga atualizou os participantes sobre as ações e políticas do governo federal para os povos ciganos, como o Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos e o mapeamento nacional.
A Irmã Claudina Scapini do Setor da Mobilidade Humana/CNBB, também acompanha de perto os trabalhos da assembleia.
A Cigana Edvalda Santos (Dinha), da etnia Calón, de Porto Seguro, apresentou uma detalhada explanação sobre o Estatuto dos Povos Ciganos. Membro ativo da pastoral, Dinha destacou o andamento das discussões e as problemáticas relacionadas a essa importante ferramenta legal.
Durante sua apresentação, Dinha enfatizou a importância do estatuto na promoção dos direitos e da inclusão social dos povos ciganos no Brasil.
A abertura do evento foi marcada pela palavra do Bispo Diocesano Dom José Edson Santana, que convidou todos a refletirem sobre a passagem bíblica de Rute 1,16-17: “Teu povo é meu povo, teu Deus é meu Deus”. Em seu discurso, Dom Edson enfatizou a importância da inclusão e do apoio aos povos nômades, afirmando:“busquemos ser presença na Igreja para expandir o sentimento de pertencimento dos povos nômades neste momento marcante para motivar o espírito de unidade do povo cristão. Vamos dar as mãos e somar nossos esforços para colocar no centro da evangelização aqueles que estão à margem”. Conclamou.
A assembleia é um momento significativo de diálogo, fraternidade e fortalecimento das ações pastorais voltadas para os povos nômades, reafirmando o compromisso da Igreja em acolher e integrar todas as comunidades em sua missão evangelizadora.
As informações são da Ascom da Pastoral dos Povos Nômades