A prefeita de Eunápolis, Cordelia Torres (UB), mesmo no último ano de mandato, continua agindo com o rancor do início e perseguindo todos que não seguem a sua cartilha administrativa. Desta vez, uma lista de servidores comissionados demitidos atinge os cargos de simpatizantes do grupo político do presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Maécio (PP).
Motivo, ao apagar das luzes de 2023 a gestora tentou emplacar, sem sucesso, um projeto que criaria mais impostos para o contribuinte eunapolitano, e, apesar de ser impedida pela própria Lei Orgânica do Município, já que o projeto foi rejeitado em plenário e não poderia retornar no mesmo ano, ela resolveu “punir” o presidente da Câmara.
Para isso, exonerou todos os trabalhadores associados politicamente ao parlamentar e que ocupavam alguns cargos comissionados na administração pública, justamente pelo bom trabalho que já desempenharam em outras administrações nas quais estavam lotados.
As demissões foram publicadas no Diário Oficial desta segunda-feira, dia 15 de janeiro. Todas essas pessoas eram servidores comissionados da base governista e que em 2020 aderiram à campanha de Cordélia Torres à prefeitura de Eunápolis, contribuindo efetivamente com a sua eleição.
Em outras palavras, ao tentar atingir o vereador, a prefeita de Eunápolis deu um tiro no pé, porque demonstrou, para o público, como atua em sua sanha rancorosa, ferindo na própria carne. Como a Medeia, da mitologia, Cordélia mata os “filhos” para atingir “o pai das crianças”.
Para os amigos da gestora, ela teria dito que “Maécio dificultava seus interesses”. Curioso é que, setores da imprensa criticam o presidente, taxando-o de aliado da prefeita. Por sua vez, o vereador lembra que ao longo de quase seis anos como presidente do Poder Legislativo sempre procurou agir de forma institucional, “trabalhando para o bem da cidade”.
Quanto à eleição de 2020, ele e a prefeita tiveram uma história comum, durante o processo eleitoral, concorrendo na mesma coligação partidária. “Mas agora ela demonstrou desprezo e indiferença por aqueles que confiaram e caminharam ao lado dela. Desempregar pais e mães de família é uma atitude lamentável da gestora”.